Nasci tarde pra poesia.
(Aos dezessete)
Aos vinte, poesia era meu cocar de festa.
Vinte e dois, meu bote salva-vidas.
Aos vinte e quatro tornou-se arma de guerra
e aos vinte e seis, divã e túmulo.
Só aos trinta fui encontrar a
própria poesia.
Peguei com as mãos
e gentilmente coloquei-a em seu devido lugar
que é bem no olho da gente.
Feito lupa
ou lente.
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