segunda-feira, 9 de abril de 2018

Fértil



Sigo
Com a raiz no agora
Permaneço aqui
De calcanhar no chão
Alinhado enfim


Fértil
Venci a seca, a entressafra e o inverno
Cabeça ao sol, silêncio dentro
Eu mereço ser assim


Seis da manhã, a sala calma reluz
Neblina dissipa dourada


Calmo
A ira sempre foi meu pecado
Aliado ao vazio do copo vazio
Seguir vivo é maturar
Tão lentamente


Seis da manhã, silêncio fora outra vez
Piso leve pra não te acordar


Grave
De ombro macio eu fecho os olhos
Respiro.
Fermento.
Refloresto afinal.