seguir
vivo — tarefa impossível.
não
pertenço
nunca
sei pra onde ir
e
se pareço livre é porque tô sempre fugindo
viver
é uma obrigação.
nem
arte, nem ofício
só
a morte liberta.
mas
ao suicídio me falta coragem
(talvez
pretensão de ser eterno)
então
sigo
não
pertencendo
sempre
fugindo
trêmulo
obrigatoriamente
e
noites cruéis hão de chegar
posição
fetal
uma
luz acesa
imóvel,
estático
nulo
escrevendo
poesia inútil
enquanto
arquiteto a melhor forma de acabar com isso
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