domingo, 28 de outubro de 2012

poemas



minha cabeça exaurida
vagueia entre um
e outro poema.
no caminho tropeça em mais um
(esse)

essa minha cabeça fraca
tonta
seca
que sorri com escárnio de superioridade quieta
trabalha
sim.

hoje o corpo não trabalha
folga

a cabeça então
está livre
bem, talvez não livre
mas quase.
e esse quase só me basta porque é o máximo que podemos conquistar
ante a liberdade

aliás, pouco me importa a liberdade.
liberdade é palavra.

minha cabeça que rosna
vagueia entre formigas e
mosquitos cômicos

tende a ser beat
e quando a propulsão a arremessa para o lado oposto
a mão bate teclas

não beats.
foi-se o tempo
foice o tempo.

tempo?
é palavra.

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