Ah, um banho quente!
Suficiente pra afastar
tudo o que me é mau.
tudo o que me é mau.
Poeta,
pra lá com a sua dor!
Procure outra porta hoje!
Molho as costas,
os braços,
a virilha,
os pêlos,
a nuca.
Por fim o cabelo.
Sinto toda a água quente me proteger
e livrar de mágoas e incertezas.
Um delicioso e demorado banho quente
e que se dane o mundo e que se dane a conta!
Que sensação!
(...)
É verdade que não a sinto agora —
Apenas rememoro — afinal,
como poderia escrevê-la
sob o chuveiro?
sob o chuveiro?
Além do quê,
descrever é não sentir.
E eu sinto.
Ah, sim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário