Não peço
um conselho.
Busco
ouvir uma segunda voz,
Não-impregnada
com meu perigoso tendencialismo,
Não
coberta de dogmas.
Poderia
ser resposta,
Não é.
Não peço
o gabarito,
Apenas
outra cor de giz na lousa.
A palavra
limita, mas define.
Reconheço
o cabresto – sou animal.
Reconhecê-lo
me torna superior?
(Por
favor, sem metafísica agora.)
O véu é
instável,
A luz que
o atravessa chega mística.
Mas por
favor, sem misticismo
agora.
Preciso
de carvão. Preciso definir.
Sorria
para o meu auto-cabresto
que me
faz andar, seguir...
Não é
pedir nova cor,
Mas um
novo ângulo de luz
Que poderei
facilmente bloquear
Ao julgar
necessário.
Posso obstruir com o véu instável.
Mas chega de mágica, misticismo.
Sou cético, sou cérebro.
Chega de racionalismo. Sou fogo,
Faísca, coração, magia.
Chega de véu, sou cego.
Preciso seguir. Sem metafísica.
Preciso alinhar a voz e o véu.
Preciso preciso
Preciso preciso
Preciso preciso
preciso preciso
É preciso ser preciso!
Sem preciosismo.
Preciso ser humano. Errar, seguir, corar.
Reconhecer mágica no giz,
Pedir conselho à lousa,
Ouvir o misticismo da luz,
Definir o que é mágica, o que é necessário. Limitar.
É preciso dar forma.
Concreto?
Cimento? - Neo-concreto?
Abstrato?
Metafísica?
Cafeína?
Depende da atadura dada
ao cabresto.
Que limita,
define, ilumina, bloqueia, atravessa, manifesta,
mas jamais explica.
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