Magma
Matéria-bruta de mim
Saber-me inútil
Queimar tanto
Sinto a expansão do meu corpo que quase rompe.
Pouco falta para que seja fluído corrente
A morte me espera.
Antes disso, a sólida e crudelíssima solidão
desejo de morte
Antes disso, a sólida e crudelíssima solidão
desejo de morte
a cegueira
acúmulo de perdas
a melancolia (composta por átomos de todo o resto),
também um aperto de mãos ou caminhar...
Não caibo em mim porque sou dois.
Não infinitos; dois apenas.
E cada qual com infinidades de texturas e intenções, compostos
por átomos de todo o resto.
Nessa inédita manhã que se repetirá, compreendi Deus,
que é todas as grandes coisas e também
um grão.
maravilhosamente geológico, este poema!
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