te abro a
porta
te cedo teto
e cobertor
te poupo o
sono
até mais
tarde
te aqueço
os pés
te entrego
a chave
com tudo
dentro
(levo
comigo apenas o último que escrevi sobre você)
e quando
volto
você não
está
não deu
notícia
(apenas um
bilhete seco na maçaneta)
deixou a
chave
a porta
aberta
a louça
suja
tudo
desfeito
deixou
papel
de mijo no
chão
e avisou –
não volta
hoje –
naquele
bilhete
tom de
telegrama
“a lanterna
tá em cima da geladeira.
não lavei a
louça.
até
amanhã.”
e no amanhã
você também não estava...
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