Ordeno meu sono para que
jamais ocupe-se de toda a cama,
guardando assim, imaculado
seu lado preferido.
Ao meio-sono (pretenso sono profundo)
prevejo sua silhueta se libertar da bolsa
e o peso do seu corpo, antes tateando,
em seguida distribuíndo-se pelo
colchão — seu canto ainda frio.
No meu sonho (pretensa realidade)
você não me encosta.
Deita de costas para mim, tal como no passado
(pretensa lembrança) e então compreendo
o que minha memória obscurecia,
numa ordem de seleção natural:
não somos mais.
ééééé´ meu cumpadi,
ResponderExcluiré a noite que os fantasmas aparecem.
ria!