a velha buzina do trem
novas cicatrizes, diretrizes
um novo nome,
seu sorriso de manhã
também a lesma de mandíbula torta todo dia na mesa, na sala, pelo vão da porta
do quarto entulhado
onde dormi
dormia
durmo
agora
(chove forte.)
espio pelas frestas da janela:
há ratos na cozinha,
a luz acesa
respiro
me alongo
bebo água
deito novamente
espero
a salada de repolho ainda estará lá
mais tarde
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