a caminho do Paraíso
braços erguidos
não se vê um sorriso
relógios cansados
cérebros moídos
os corpos apertados,
comprimidos.
batalha diária
predatória
ilusória
aviária
o momento do dia em que os humanos mais se aproximam de
frangos moles.
bois na esteira
prontos para o abate.
carrancas com relógios.
todas os usam.
carrancas com cotovelos
sem apelos
sem 'licença'
cheios de pressa,
de crença.
as caras vermelhas; olhos mortos.
bigodes delineados. cabelos chapados
de creme sem enxágue
sem pudores, sem cortesia
fincando o pé esquerdo
no show de horrores de mais um dia
falido.
seus braços erguidos se misturam,
com seus relógios
tiquetaqueando
mais um percurso
a caminho do inferno.
muito bem visto!
ResponderExcluiro deprimente é acordar um dia destes e se ver sendo outro com braços levantos e sem sorriso no rosto indo pro inferno e pensando no paraiso.Ninguem esta isento desta possibilidade